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Este curioso episódio diz-nos muito acerca de nós e da nossa própria cultura, uma cultura superficial e sexista, de dominância masculina, que nas mulheres valoriza acima de tudo a juventude e a beleza. Com base em tal critério os media bombardeiam-nos constantemente com imagens femininas plasticizadas que constituem os modelos a seguir, essa é pelo menos a mensagem subliminar que muitas mulheres captam e por isso não é de estranhar que recorram com tanta frequência à cirurgia estética para se aproximarem dos modelos exigentes que lhes são propostos.
Susan Boyle não é jovem nem é bela; se calhar por tal motivo o seu talento não foi descoberto há mais tempo ou, o que seria ainda mais grave, nunca ninguém quis investir nele. Mas é senhora de uma bela voz e encantou quem a ouviu; afinal é uma mulher e tem valor, embora lhe faltem juventude e atractivos físicos.
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