No contexto da supremacia masculina, as sexualidades masculina e feminina são
construídas como especificamente diferentes e desiguais. Isto levou Mackinnon,
por exemplo, a argumentar que “o masculino e o feminino são criados através da
erotização da submissão e do domínio”. Por outras palavras, o poder dos homens e a
inferioridade social das mulheres tornam-se “sexy”. O processo de construçãs
das mulheres como eróticas ou sexy objetifica-as, colocando as mulheres como
subordinadas e os homens como dominantes. Podemos ver este processo particularmente óbvio na pornografia e implementado dentro das relações
heterossexuais: onde a sexualidade masculina objetifica o objecto feminino de desejo, enquanto a
sexualidade feminina é objectificada pelo desejado sujeito masculino. Mas este
processo é ainda mais generalizado do que o exemplo sugere, é integral a todas
as relações masculino/feminino dentro da supremacia masculina. Sobretudo, é
aquilo que torna a supremacia masculina um caso único e especialmente persistente.”
Marianne Hester:
Lewd Women and Wicked Witches