Amanda Czerniawski, professora de Sociologia na Universidade de Temple, retomando o The Beauty Myth de Naomi Wolf ajuda-nos a não esquecer que, para as mulheres, sobretudo para as mais jovens, o corpo continua a ser uma prisão cujas grades elas próprias fabricam.
As imagens mediáticas e os ícones da moda são construções cujo objetivo é distorcer o nosso sentido acerca do que é um corpo normal; as dimensões das barbies que por aí andam não são normais nem representam mulheres normais mas cumprem às maravilhas o objetivo de colocar as mulheres normais numa situação de desconforto com a sua imagem, levando-as a utilizarem os mais extravagantes recursos, desde dietas rigorosas até cirúrgias estéticas perigosas e invasivas, para se aproximarem do ideal que lhes é proposto.
As imagens mediáticas e os ícones da moda são construções cujo objetivo é distorcer o nosso sentido acerca do que é um corpo normal; as dimensões das barbies que por aí andam não são normais nem representam mulheres normais mas cumprem às maravilhas o objetivo de colocar as mulheres normais numa situação de desconforto com a sua imagem, levando-as a utilizarem os mais extravagantes recursos, desde dietas rigorosas até cirúrgias estéticas perigosas e invasivas, para se aproximarem do ideal que lhes é proposto.
Por este meio insidioso as mulheres sujeitam-se a si mesmas, vigiando e disciplinando os seus próprios corpos, ao mesmo tempo que julgam estar a exercer a sua liberdade de escolha quando de facto continuam a perseguir o velho mito que ensina que o seu estatuto e a sua posição social dependem do corpo e da aparência física.
Eu nao tenho problemas de auto-imagem e nem nunca tracei como objetivo da minha vida ser "diva". Reconheco perfeitamente a lavagem cerebral da mídia e da sociedade e sei exatamente onde está o problema - pessoas inseguras compram qualquer coisa para mitigar seus medos - e isso alimenta esse monstro que se tornou a indústria da beleza.
ResponderEliminarPorém, mesmo estando consciente de tudo isso, às vezes me pego em pânico na frente do espelho por que surgiu uma manchinha aqui uma marquinha ali. Shame on me!
Fran
Não vejo tudo negativo nisto tudo. É um exagero claro. Mas é tb algo que hoje em dia se extende aos homens tb. É só ver os modelos de beleza masculina promovidos hoje em dia, o tronco depilado e um "six Pack" de fazer inveja.
ResponderEliminarPor outro lado, cada vez mais vejo nos chamados paises desenvolvidos uma aumento da obesidade tanto masculina como feminina e me pergunto se as pessoas não precisam sim de um pouco de pressão para quererem parecer mais saudáveis e em forma.
Homens se preocupam com a beleza? Sim, mas nos termos deles e que nem chegam perto da obcessão à que as mulheres são condicionadas pelas mídias.
ResponderEliminarQuem já leu sobre a morte de homens em virtude de cirurgias plásticas, ou de homens que sofreram queimaduras por bronzeamento artificial ou que ficaram com sequelas por procedimentos mal realizados? Eu nunca li, mas basta dar uma pesquisada pela internet e achamos vários links reportando essas consequencias nas mulheres.
Vi uma entrevista de um cirurgião plástico americano que declarou que de todos os seus pacientes, apenas 5% são homens. Só mulheres estão dispostas a se submeter a cirurgias sem indicação de doença, simplesmente para se adequar a padrões de beleza impostos.
Para lá se caminha, é o capitalismo. Uma vez esgotado o mercado das mulheres, hão-de se virar para o mercado dos homens.
ResponderEliminarOlá Adília, tudo bem?
ResponderEliminarVocê poderia me passar o seu email pra eu lhe enviar uma proposta?
Beijos.
cinisca@gmail.com