Na luta contra o
neoliberalismo
A nova categoria
concetual que é importante introduzir no discurso político é a de “mercadorização da natureza”. Esta corresponde,
na era neoliberal em que vivemos, a uma nova etapa da inicialmente chamada ‘acumulação
primitiva’, operada através de um processo de privatização do que pertence à
comunidade’; nomeadamente a comunidades indígenas, como acontece, por exemplo,
na Amazónia.
A acumulação que ocorreu
na época moderna, em países da europa, como a Inglaterra, foi já um autêntico
roubo do que era de todos, transferência de terras comuns, para as mãos de
privados que, de seguida, procuraram rentabilizar essas terras em termos de produção
capitalista. Claro que provocou transformações sociais profundas, degradando extremamente
as condições de vida das populações prejudicadas diretamente, mas não teve impacto
a nível da própria natureza. Todavia, agora o caso muda de figura, porque não são
só as populações que são roubadas e afetadas nos seus estilos de vida legítimos,
é a própria sustentabilidade da natureza e mesmo do planeta que é colocada em
grave risco.
Dai que seja preciso percebermos
todos que natureza não é mercadoria, as pessoas não são mercadoria,
as mercadorias são coisas produzidas pelo trabalho de pessoas e pessoas
conscientes sabem que devem usar com critério os recursos que a natureza coloca
à sua disposição. Tudo isto é esquecido pelo capitalismo extremamente predatório
do neoliberalismo; por isso é preciso lutar com todas as forças contra o
neoliberalismo, enquanto é tempo! Ouçam bem: ENQUANTO É TEMPO!
Interessante, bem vinda de volta. :)
ResponderEliminarConcordo inteiramente , a interrogação que se me põe é esta: SERÁ QUE AINDA HÁ TEMPO? Na verdade, os conflitos militares existentes e os que se avizinham não impedirão o caminho para interromper esta depredação da Natureza que, embora muito lentamente, se tem vindo a realizar? Maria Helena
ResponderEliminarPois Maria Helena. O ocidente tao civilizado?! embarcou numa guerra que alias provocou objetivamente e da qual não desiste - como se constata - e nunca mais se ouviu falar em problemas ambientais. Mostra bem a mediocridade das nossas elites. As elites do atraso. Temo bem que os danos já sejam irreversíveis, mas esperemos que esteja a ser alarmista.
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