domingo, 2 de janeiro de 2011

Um feminismo para o século XXI - homens embaixadores da igualdade de género


Se nos anos setenta do século XX as mulheres tiveram de cerrar fileiras para entrar no mundo dos homens - aceder à educação e ao mercado de trabalho -, hoje, em pleno século XXI, como escreve Katrin Bennhold, é importante que os homens entrem no universo feminino, «enquanto pais presentes, iguais colaboradores nas ocupações domésticas e embaixadores da igualdade de género».
Numa época em que os rapazes parecem ter pior desempenho escolar e em que os homens perdem postos de trabalho com a crise, mantém-se as assimetrias entre homens e mulheres pois, embora haja mais mulheres com habilitações académicas, os lugares de chefia e o poder económico ainda se encontram nas mãos dos homens. É que, embora em teoria haja direitos iguais, na prática a maternidade e a família continuam a sobrecarregar as mulheres. Uma vez casadas e com filhos pequenos, tendem a desistir da carreira, a trabalhar a tempo parcial, ou a tentar compatibilizar carreira e vida familiar, uma existência stressante que não facilita promoções a nível profissional.
Em alguns países do Ocidente, particularmente nos países nórdicos, começa a perceber-se que é preciso fazer qualquer coisa para contrariar esta real desvantagem que as mulheres sofrem pelo facto de serem mulheres; começa a perceber-se que é preciso concentrar-se nos homens e criar condições para que eles entrem no universo feminino. É esse o sentido das férias obrigatórias por paternidade, intransferíveis para a mãe, que em alguns países já são de três meses. E foram ministros homens que tomaram esta medida e foi também um primeiro-ministro homem que num país meridional, Espanha, tomou a decisão de converter a paridade formal em paridade real, constituindo um governo com um número de mulheres equivalente ao dos homens. Isto significa que os homens são sensíveis ao problema e que se encontram em boa situação para o resolverem porque como diz Celia de Anca, da Escola de Negócios de Madrid, «Quando se quer mudar a cultura é mais fácil para um representante dessa cultura vender a mudança.» Assim, os homens são feministas mais efectivos porque a sua voz é ouvida pelos outros.

7 comentários:

  1. El problema del fracaso escolar por parte de los hombres radica justamente en el sexismo. En un mundo en el que los hombres lo tienen más fácil incluso disponiendo de peores calificaciones y de un menor número de títulos académicos, es lógico que muchos de éstos se esfuercen menos; y que las mujeres opten por obtener mejores resultados, a fin de alcanzar la misma posición y el mismo nivel que un hombre (aun teniendo el hombre peores calificaciones).

    La solución, pienso, ante el fracaso académico masculino es lograr la igualdad; con lo cual, de paso, se verán reforzados y valorados los logros femeninos.

    ResponderEliminar
  2. Olá Enrique
    Obrigada pelo comentário que lança luz sobre este tema. A sua interpretação parece-me inteiramente correcta e penso que o caminho a seguir é o de procurar a igualdade, acabará por ser benéfico tanto para homens quanto para mulheres.
    abraço, adília

    ResponderEliminar
  3. enquanto isso, na vida real dos países subdesenvolvidos, as mães solteiras continuam sendo mal vistas e maltratadas por parte da sociedade patriarcal e rejeitadas pelas feministas, se tornando a classe mais vulneravel da sociedade e em risco de pobreza, criando sozinhas os filhos, abandonando as carreiras por sub-empregos... e aí? é isso mesmo, azar o delas?

    as mulheres continuam a ser punidas socialmente nas fogueiras da difamação, da rejeição, do abandono social por parte dos partriarcas e tbm das feministas, continuam criando os filhos sozinhas em condições sub-humanas e os homens qdo criam os filhos são admirados, apoiados e aplaudidos...

    e pensar q no pré-patriarcado só haviam mães solteiras e elas eram respeitadas...

    aliás é por isso mesmo q são as mais mal-vistas dentro d patriarcdo... por todos e todas...

    ResponderEliminar
  4. Nana
    Penso que mais do que insistir no quão maravilhoso poderia ser ser mãe solteira, e note que enquanto feminista não critico essa opção, devemos insistir em comprometer os homens na assumpção das suas responsabilidades como pais e como maridos. Conheço muitos homens que desjaram ser pais e que fruiram uma paternidade plena. A minha aposta não é hostilizar os homens mas encontrar neles apoio para prosseguirmos uma luta comum e que interessa aos dois sexos.

    ResponderEliminar
  5. enquanto os homens não se convencem, as crianças continua crescendo e as mães solteiras continuam invisiveis para o movimento feminista...

    direitos para as mulheres sim!!!
    direito para mulheres com filhos: NÃO!!!

    ResponderEliminar
  6. Yo, en lugar de decir "enquanto os homens nao se convencem", yo diría "enquanto o sexismo nao se convence".

    Porque el problema no está en los hombres, sino en el sexismo. Existen muchos hombres (como yo) que ven que el sistema es sexista y está a favor de los hombres, y que tratan de ayudar en cuanto puedan.

    A mí, por ejemplo, me encantaría que en España se pusiese una baja por paternidad de mayor duración de tiempo, y propia. Sin embargo, se da por hecho (no los hombres, sino por el sistema sexista) que la crianza deben ejercerla las mujeres, y nosotros también salimos perjudicados en estos aspectos (aunque eso depende de los intereses que se tengan. Un hombre machista que no quiera la baja por paternidad o la igualdad, sale beneficiado).

    Saludos.

    ResponderEliminar
  7. sim, é o sexismo...
    desculpe...
    tu tens toda razão
    as mães solteiras q se recolham na sua insignificância...

    perdoem-me por aborrece-los...
    adeus

    ResponderEliminar