Podemos considerar a Convenção de Seneca Falls em 1848 - na qual participaram cerca de 300 pessoas, das quais 40 eram homens - como um marco na história do sufragismo norte-americano. Nela, Elizabeth Cady Stanton, parafraseando a Declaração da Independência dos Estados Unidos, numa proclamação que ficou célebre – a Declaração de Sentimentos e Intenções - formulou a reivindicação do voto para as mulheres e exigiu o fim da discriminação com base no sexo.
Antes de Seneca Falls, as feministas já se tinham envolvido em movimentos tendentes à morigeração dos costumes, como o Movimento da Temperança que visava a proibição da venda de bebidas alcoólicas, cujo consumo, frequentemente excessivo, despoletava atitudes de violência doméstica cujas principais vítimas eram as mulheres e as crianças. Apoiaram também o movimento abolicionista e a participação que nele tiveram despertou com certeza as suas consciências para a própria injustiça da situação que viviam enquanto mulheres desprovidas dos direitos mais elementares, sujeitas à autoridade de maridos e de pais frequentemente tirânicos e abusadores. O debate sobre os direitos dos negros e a campanha para a abolição da escravatura levou-as a descobrir o seu próprio estatuto de autênticas «servas domésticas».
Um episódio ocorrido na época, numa reunião internacional, em Londres, em 1840, para debater a abolição da escravatura, mostra bem a discriminação que as mulheres tinham de enfrentar; neste fórum que se propunha lutar pela libertação de seres humanos oprimidos por leis iníquas, ironia das ironias, as delegadas femininas foram impedidas de usar a palavra.
Embora a reivindicação do direito de voto fosse o ponto fulcral do movimento, feministas, como Elizabeth C. Stanton e Susan Anthony, pelas campanhas que lideraram, conseguiram que a lei do divórcio, que até aí só podia ser requerido pelo marido, fosse alterada e que o regime de propriedade , que retirava às mulheres a capacidade legal de possuírem ou mesmo de administrarem os bens, inclusive os herdados, fosse modificada.
A reivindicação do voto, apresentada desde 1830, só começou a surgir com frequência a partir de 1860. No Reino Unido, Stuart Mill em 1867 apresentou no Parlamento, na Câmara dos Comuns, uma proposta nesse sentido que foi derrotada. Nos Estados Unidos, o direito só foi reconhecido constitucionalmente em 1920 e mesmo assim apenas para mulheres com idade superior a 30 anos; só em 1928 foi reconhecido nos mesmos termos em que era permitido aos homens.
A aquisição dos direitos políticos foi apenas um primeiro passo no sentido da emancipação, muito ainda precisava de ser feito, pois como bem sabemos, não se mudam mentalidades por decreto.
Antes de Seneca Falls, as feministas já se tinham envolvido em movimentos tendentes à morigeração dos costumes, como o Movimento da Temperança que visava a proibição da venda de bebidas alcoólicas, cujo consumo, frequentemente excessivo, despoletava atitudes de violência doméstica cujas principais vítimas eram as mulheres e as crianças. Apoiaram também o movimento abolicionista e a participação que nele tiveram despertou com certeza as suas consciências para a própria injustiça da situação que viviam enquanto mulheres desprovidas dos direitos mais elementares, sujeitas à autoridade de maridos e de pais frequentemente tirânicos e abusadores. O debate sobre os direitos dos negros e a campanha para a abolição da escravatura levou-as a descobrir o seu próprio estatuto de autênticas «servas domésticas».
Um episódio ocorrido na época, numa reunião internacional, em Londres, em 1840, para debater a abolição da escravatura, mostra bem a discriminação que as mulheres tinham de enfrentar; neste fórum que se propunha lutar pela libertação de seres humanos oprimidos por leis iníquas, ironia das ironias, as delegadas femininas foram impedidas de usar a palavra.
Embora a reivindicação do direito de voto fosse o ponto fulcral do movimento, feministas, como Elizabeth C. Stanton e Susan Anthony, pelas campanhas que lideraram, conseguiram que a lei do divórcio, que até aí só podia ser requerido pelo marido, fosse alterada e que o regime de propriedade , que retirava às mulheres a capacidade legal de possuírem ou mesmo de administrarem os bens, inclusive os herdados, fosse modificada.
A reivindicação do voto, apresentada desde 1830, só começou a surgir com frequência a partir de 1860. No Reino Unido, Stuart Mill em 1867 apresentou no Parlamento, na Câmara dos Comuns, uma proposta nesse sentido que foi derrotada. Nos Estados Unidos, o direito só foi reconhecido constitucionalmente em 1920 e mesmo assim apenas para mulheres com idade superior a 30 anos; só em 1928 foi reconhecido nos mesmos termos em que era permitido aos homens.
A aquisição dos direitos políticos foi apenas um primeiro passo no sentido da emancipação, muito ainda precisava de ser feito, pois como bem sabemos, não se mudam mentalidades por decreto.
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