Ainda hoje, quando um marido, namorado ou companheiro maltrata ou mata uma mulher, continua a fazer-se passar a mensagem, mesmo que sub-repticiamente, que o fez por amor e não por poder; um amor excessivo, traduzido em ciúmes mórbidos, ou um amor que não aguentou a rejeição; deste modo, com tal percepção, aceita-se a violência masculina e, obviamente, criam-se condições para a perpetuar.
Mas, a violência masculina não é um fenómeno individual, atribuível a idiossincrasias destas ou daquelas pessoas, embora obviamente possa ter uma componente desse tipo, e, por isso, não deve ser encarada dessa maneira; ela é a consequência natural do sistema de dominação em que vivemos, no qual continua a imperar a supremacia masculina; é um fenómeno político, resultante do modo como a vida de homens e de mulheres se encontra organizada; se não se entender isto, não se vai resolver o problema, pode-se agir circunstancialmente, mas o remédio será ineficaz.
Mesmo nas nossas modernas sociedades é difícil encontrar mulheres que em uma ou outra circunstância da sua vida não tenham sofrido ou temido a violência masculina e é esta dimensão que importa não escamotear; todavia, apesar desta constatação, muitas mulheres jovens preferem pensar que a igualdade já foi alcançada e que os casos de violência masculina são esporádicos e pontuais; pensar assim é muito reconfortante, mas ilude a questão porque a violência existe de facto e a ameaça que representa, quanto mais não seja, limita os movimentos das mulheres e por isso é um real impedimento à igualdade. É muito doloroso ter esta consciência e por isso é tão fácil rejeitá-la. Um caso obvio de dissonância cognitiva.
de facto, entender a violencia doméstica ou a violencia contra as mulheres como um fenómeno individual atribuível a esta ou aquela causa e não perceber que na sua raiz está um fenómeno cultural e politico não vai ajudar a resolver a situação. Enquanto não se alterarem as estruturas sociais e políticas e a envolvente cultural pouco se pode fazer.
ResponderEliminarSaudações, Adília!
ResponderEliminarSe existe... encapotada nas baínhas inocentes das sociedades patriarcais tradicionais... muita tradição... pouca flexibilidade... pouca evolução...
Um abraço e não se canse do seu bom trabalho.
A violência contra a mulher, e contra a sociedade em geral, cresceu na mesma proporção em que aumentou o desrespeito à estruturação familiar e social estabelecida pela natureza.
ResponderEliminarFrancamente. Nunxa li tanta hipocrisia misturada com imbecilidade e total falta de responsabilisade em cometer terrorismo de gênero. A autora ou autor do blog deve achar um ato de romantismo o fato de milhares de mulheres agirem como se ainda estivessem na Idade Média e estraçalhar dentro da própria barriga um ser que além de inocente do sexo que a mãe cometeu sem se prevenir, é tão pequeno que é totalmente indefeso e sequer teve a chance de gritar por socorro. Cerca de um milhão desses pequenos seres humanos são mortos todos os anos só no Brasil, envenenados ou feito em pedaços no que mais parece o massacre da serra elétrica infantil. A autora/autor deve ser alguém recluso numa caverna ou ter chegado ontem da lua,para ignorar o vagalhão de violência em que um número cada vez maior de mulheres são pegas por câmeras escondidas surrando bebês e criancinhas em creches e escolas, agredindo idosos e em certos casos provocando a sua morte. Aqui no Ceará,na cidade de Quixadá uma mãe irresponsável e grávida foi ao motel, teve um filho e o abandonou no motel. Já milhares de outras os jogam em lixões, praças, lagoas e isso para mim parece violência. Não me parece um ato de amor. E isso em pleno século 21,com todo o arsenal contraceptivo que temos. Após os anos 60, e com o advento da pílula,as mulheres criaram um mercado sexual e criaram um machismo que nunca vai acabar enquanto vocês mulheres não evoluirem como seres humanos. Só com a evolução mental/espiritual das mulheres o machismo vai acabar. Mulheres premiam homens violentos com bom sexo enquanto homens românticos são postos de lado e chamados de melosos e sem pegada. O machismo feminino no atual mercado sexual exige que: 1- o sujeito seja mais alto que a mulher,para passar segurança, e que além disso o cara tenha e 'pegada', pegada essa que nada mais é do que o domínio físico da mulher (machismo pela dominância física); exige-se também que o sujeito seja financeiramente independente, por que a hipocrisia feminina só admite a igualdade quando esta lhe é benéfica. Raríssimo uma diretora de companhia aceitar e casar com o ofice boy. Os homens porém ,há milênios aceitam mulheres das classes inferiores ou iguais. Mesmo uma favelada exige que o namorado tenha ao menos uma bicicleta a mais que ela,por que as mulheres a despeito de sua 'independência', ainda são vergonhosamente hipergâmicas (machismo pelo domínio ou destaque social e financeiro); Homens canalhas, cafajestes e insensíveis têm indiscutivelmente a preferência da esmagadora maioria das mulheres e isso qualquer observador do cotidiano que tenha mais de 10 anos de idade pode aferir,isso a própria vida ensina. Vivi os dois lados e falo com conhecimento.A chamada Síndrome de Estocolmo não parece ser uma síndrome, muito menos estar restrita àquela cidade, confesso de mulheres, poucos meses após ser preso recebeu em sua cela entre mil e mil e quinhentas cartas de amor de mulheres que nunca o tinham visto,uma delas se casou com ele. Já na Noruega, o camarada que matou 74 estudantes ano passado segue recebendo cartas de amor. Nos EUA é comum o assédio de mulheres e serial killers. Lançou-se um livro sobre o tema, de título Loucas de Amor, talvez a leitura lhe dê a dimensão do problema em sua mente mesquinha e vitimista. Assim como também o excelente texto de um alarmado autor chamado Marcus Valério, um homem feminista convicto e que se intitula Hipergamia, dividido em 5 partes. Foi o mais esclarecedor texto de nível simples que alguém já escreveu sobre a relação entre os sexos e a violência. Caso você queira, digita aí no seu Google as palavras ' Mulheres Agridem Mais do Que Homens Nas Relações, diz Estudo'. Essa foi uma pesquisa feita pela Unidade de Estudos do Alcool da Unifesp- Universidade Federal de São Paulo. Leia também 'Mulheres Que Batem e Homens que Calam' e aí você vai perceber que a violência contra os homens exise, mas eles têm receio de falar por medo de ridicularização.
ResponderEliminarA violência em casa é semelhante à praticada no trânsito. Por motivos grandes ou pequenos pessoas se matam. Todo comportamento fato gerador. Conheci uma moça que tramou o sequestro de conhecido radialista de minha cidade só por que o ex iria casar com outra. Só a muito custo a familia ao saber,conseguiu dissuadi-la. Pra mim sequestro é violência. Em Fortaleza já este ano, uma mãe estrangulou e matou uma filha de 8 anos por motivos fúteis e matou um filho, dos três filhos só uma criancinha escapou. A Gangue das Loiras andava roubando joalherias e mulheres já chefiam gangues e participam ativamente de sequestros. Em Pernambuco haviam duas mulheres e um homem matando e devorando pessoas em rituais de canibalismo. Pela doutrinação que os menininhos recebem quando crianças, mulheres deveriam ser doces e meigos seres. No entanto, quando a venda cai....
EliminarMilhões de mulheres abortam seus e milhões de homens não assumem seus filho, qual é a diferença? Muita mulher aborta por não poder criar o filho sozinha ou seja o homem também tem culpa nisso, primeiro por engravidar a mulher e segundo por não assumir.
EliminarPara não falar do uso de dois pesos e duas medidas, feito bem à maneita manipuladora das mulheres: "se o marido quer sexo e a mulher disser LARGA-ME, é assédio do marido (ou violação). Contudo se a mulher quer sexo e o marido diz agora NÂO, então violência domèstica psicológia e verbal feita pelo homem!!!!?????
ResponderEliminarCHEGA DE ALDRABIÇES FEMININAS!
ANÔNIMO : Mas eu nunca ouvi falar de homem sendo estuprado por mulher. Mas, o contrário acontece,sim! e AINDA HÁ MUITAS MULHERES QUE APANHAM POR NÃO TRANSAR COM OS MARIDOS. Fora as traições - também um tipo de punição.
ResponderEliminarVou começar com a sua frase diretamente para você.
ResponderEliminarFrancamente. Nunxa li tanta hipocrisia misturada com imbecilidade e total falta de responsabilidade em cometer terrorismo de gênero.
Lúcio deve achar bonito o fato de milhares de homens espancarem,torturarem e violentarem mulheres por aí afora. Pois só lembra de abortos cometidos,mas não fala sobre a violência cometida pelos de sua espécie.
"criaram um machismo que nunca vai acabar enquanto vocês mulheres não evoluirem como seres humanos."
Qual machismo criamos? O de não deixar que vocês homens controlem nosso corpo? Evoluirmos? O que acha que somos? O machismo vai acabar quando os homens deixarem o pensamento de ameba e parar de controlar as mulheres. Tá vendo como até a violência e machismo cometidos contra nós sempre acabam sendo nossa culpa.
Se mulheres premiam cafas com bom sexo, homens trocam mulheres direitas por mulheres cretinas só por serem gostosas e nem mesmo se acham cafas por isso.
1- A mulher tem que ser de nível inferior, tem que ser baixinha para não contrastar com o homem, tem que ganhar menos para que o homem não se sinta menos homem, não pode nem pensar em ter músculos (quem vai ser o macho da relação?). Homens se casam com mulheres inferiores, pois é a garantia de que não serão largados, trocados, deixados de lado porque suas fêmeas são altamente dependentes deles e não porque eles são bonzinhos.
Mulheres burras,submissas,inferiores,sem opinião,virgenzinhas experientes têm indiscutivelmente a preferência da esmagadora maioria dos homens s e isso qualquer observador do cotidiano que tenha mais de 10 anos de idade pode aferir,isso a própria vida ensina.
Quanto haver violência contra os homens, é bom lembrar que as feministas apoiam esse homem a denunciar, ao contrário de vocês, homens, que zombam e acusam de mangina o cara que não consegue se defender da mulher.
Essa pesquisa feita pela Unidade de Estudos do Alcool da Unifesp- Universidade Federal de São Paulo. A pesquisa também demonstrou que, apesar de mais constante, a agressão feminina é menos violenta. É uma longa pesquisa que tem foco no consumo de alcool, não uma pesquisa sobre violência doméstica.
Ano passado, a violência contra as mulheres causou um gasto ao governo de R$ 5,3 milhões somente com internações de mulheres. Foram 5.496 mulheres internadas no Sistema Único de Saúde (SUS), no ano passado, em decorrência de agressões. É praticamente uma mulher por município brasileiro.
A amostra da pequisa feita pela USP é pequena demais para ampliar para todo o Brasil. Isso sem falar no número de mulheres que é assassinada ou vai parar no hospital. Por isso, podemos ver, que nem sequer de perto,nunca mesmo, os homens saberão como é a violência que sofre por ser mulher.
E se os homens são ridicularizados, os são, em primeiro lugar, pelos próprios homens, tudo devido ao machismo - esse qe vocês, homens, começaram. Não fomos nós.
Trecho : “Um aspecto importante dessa convergência de dados é que existem diferenças significativas entre homens e mulheres. Em estudo recente sobre a América Latina, do Banco Mundial (2002), foi mostrado como os homens tendem a beber mais e a ter maiores prejuízos em relação ao álcool, enquanto as mulheres sofrem mais com a violência relacionada a seu consumo. Esse
relatório aponta uma série de políticas que deveriam ser implementadas para diminuir o custo social do álcool, e levar em consideração as diferenças entre os gêneros.”
“De acordo com o presente estudo, 52% dos brasileiros acima de 18 anos bebem (pelo menos
1 vez ao ano). Entre os homens são 65% e entre as mulheres 41%”.
“Tanto o uso nocivo quanto a dependência predominam entre os homens, sendo em média quatro vezes mais comum. Portanto, não se notou na população geral adulta brasileira um fenômeno que ocorre nos países desenvolvidos: de uma maior aproximação do número de mulheres em relação aos homens com problemas com o álcool.”
http://www.uniad.org.br/images/stories/arquivos/ilevalcool.pdf