A tentativa de naturalizar as diferenças entre homens e mulheres e justificar papeis e lugares sociais, de que Aristóteles foi o ilustre pioneiro e de que Darwin, mais de dois mil anos depois, foi um lídimo representante, continua na ordem do dia. Mas hoje as mulheres já estão apetrechadas com cultura humanística e científica para lhe responder. É o que faz Cordelia Fine no livro Delusions of Gender. O artigo a seguir transcrita dá disso notícia.
O cérebro cor de rosa, Por Nurit Bensusan 30/09/2010 :
O cérebro cor de rosa, Por Nurit Bensusan 30/09/2010 :
Homens de Marte, mulheres de Vênus... homens são melhores em entender mapas e mulheres, em entender pessoas... homens gostam de carros e armas e mulheres, de bonecas e roupas... A lista poderia ir muito além. Preconceitos sobre gênero, embalados numa roupagem "científica" e agora, cada vez mais, "genética" ou "neurológica", estão em todos os lugares, desde conversas de bar até livros aparentemente sérios.
Cordelia Fine, uma psicóloga escritora, em seu novo livro, Delusions of Gender, mostra que essas "diferenças" de gênero não resistem a um exame mais profundo. Com toda uma parte dedicada ao neurosexismo, o livro fala sobre a sensibilidade da nossa espécie ao estereótipos de gênero e como as crianças são imediatamente, desde a mais tenra infância, saturadas com informações sobre a divisão social de gênero, a mais importante na nossa sociedade.
Numa entrevista muito interessante
( http://blogs.plos.org/neuroanthropology/2010/09/28/cordelia-fine-and-delusions-of-gender/), a autora diz que há muito mais interesse em achar diferenças no "hardware", ou seja no cérebro, do que em reconhecer que as diferenças são resultados da nossa sociedade. Assim, ficamos com a impressão que a situação que vivemos é natural, desejável e inevitável. Não é o que Cordelia acha...
O neurosexismo e o determinismo genético contribuem para manter tudo como está, forçando um conforto que na realidade não existe. Como se não houvesse mais o que fazer... se as diferenças estão nos cérebros, só nos restaria, aceitá-las. Mas, como questiona o livro, será que é realmente assim?
URL:: http://blogs.plos.org/neuroanthropology/2010/09/28/cordelia-fine-and-delusions-of-gender/
Cordelia Fine, uma psicóloga escritora, em seu novo livro, Delusions of Gender, mostra que essas "diferenças" de gênero não resistem a um exame mais profundo. Com toda uma parte dedicada ao neurosexismo, o livro fala sobre a sensibilidade da nossa espécie ao estereótipos de gênero e como as crianças são imediatamente, desde a mais tenra infância, saturadas com informações sobre a divisão social de gênero, a mais importante na nossa sociedade.
Numa entrevista muito interessante
( http://blogs.plos.org/neuroanthropology/2010/09/28/cordelia-fine-and-delusions-of-gender/), a autora diz que há muito mais interesse em achar diferenças no "hardware", ou seja no cérebro, do que em reconhecer que as diferenças são resultados da nossa sociedade. Assim, ficamos com a impressão que a situação que vivemos é natural, desejável e inevitável. Não é o que Cordelia acha...
O neurosexismo e o determinismo genético contribuem para manter tudo como está, forçando um conforto que na realidade não existe. Como se não houvesse mais o que fazer... se as diferenças estão nos cérebros, só nos restaria, aceitá-las. Mas, como questiona o livro, será que é realmente assim?
URL:: http://blogs.plos.org/neuroanthropology/2010/09/28/cordelia-fine-and-delusions-of-gender/
gostaria de convidar a todos para fazermos uma festa em homenagem à Rose no dia 11, dia em que completa 80 anos... não só uma blogagem coletiva, mas uma festa mesmo para essa mulher impossível... seu trabalho ímpar na emancipação da mulher brasileira e também referência para o mundo. Na Editora Vozes iniciou uma verdadeira batalha pela libertação da mulher, ao lado dela, Leonardo Boff lançou também a Teologia da Libertação... Nana Odara
ResponderEliminarAntes de nascer, as cores já são escolhidas em função do sexo, ou seja, do gênero. Na loja, quando entro para comprar sapatos ou roupas, sou conduzida para a sessão "feminina". Está tudo estereotipado, a mercadoria já vem feita sob medida para mim, nas cores e modelos que o mercado decide que eu, mulher, devo usar. É claro que isso é uma construção que não resiste a um exame mais detalhado. Por outro lado, vejo mulheres tentando "romper" com isso, mas incidindo no estereótipo oposto...
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