segunda-feira, 9 de março de 2009

Paradoxos eclesiásticos

No Brasil, uma menina de nove anos foi estuprada pelo padrasto e engravidou. Os médicos com fundamento no abuso sexual e no perigo para a saúde da criança praticaram o aborto.

Agora pasme-se!! A Igreja Católica pela voz autorizada de um arcebispo do Brasil excomungou os médicos e todos os «coniventes» com o acto abortivo.
Pasme-se ainda!! Deixou de fora da excomunhão o padrasto e abusador sobre o qual não se pronunciou.
É desta maneira que entende o respeito pela vida?

Menos mau: as autoridades políticas brasileiras confrontaram a autoridade eclesiástica que acusaram de intolerância e radicalismo.

Nestas circunstâncias as palavras de Condorcet, filósofo do século XVIII, revelam toda a sua actualidade e convidam à reflexão: « Sabemos que se temos um dever em relação àqueles que ainda não nasceram, esse dever não é dar-lhes existência mas dar-lhes felicidade. O objectivo deve ser o de promover o bem estar geral da raça humana ou o da sociedade na qual se vive ou da família a que se pertence mais do que estupidamente atravancar o mundo com seres inúteis e desgraçados. »

3 comentários:

  1. Sim, não só um dever mas uma responsabilidade para a vida inteira.

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  2. Esse dito estudioso da fé católica nunca entenderá a ideia de Deus, pelo menos como eu a compreendo.

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  3. A menina foi estuprada de forma MERECIDA, pois estava usando roupa curta, colada ao corpo, e como não quis transar, foi estuprada. Ela é tão gostosa quanto as adolescentes e as mulheres adultas.

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