Ann Coulter (1961) é advogada e jornalista norte-americana, muito popular, sobretudo junto do eleitorado de direita, e conhecida pelas suas tiradas politicamente incorrectas. Escreveu vários livros, alguns dos quais se revelaram verdadeiros best-sellers e é colunista em diversos periódicos.
Embora lhe sejam conhecidos ex-namorados, ligados ao jornalismo e à direita, Coulter não casou nem tem filhos, mas é membro de uma igreja evangélica presbiteriana dirigida pelo pastor Timothy J. Keller.
Embora lhe sejam conhecidos ex-namorados, ligados ao jornalismo e à direita, Coulter não casou nem tem filhos, mas é membro de uma igreja evangélica presbiteriana dirigida pelo pastor Timothy J. Keller.
Entre outras coisas, nas suas aparições públicas na rádio, na televisão e em palestras, Coulter ataca a teoria evolucionista, os homossexuais e os muçulmanos. O seu ódio aos democratas e às feministas é declarado e peçonhento.
Sobre as mulheres conhecem-se algumas tiradas suas que são verdadeiras pérolas de misoginia, embora, obviamente, ela negue esta interpretação; vejamos uma das mais badaladas:
"Eu acho que as mulheres deviam ter armas mas não deviam votar... as mulheres não têm capacidade para compreender como é que o dinheiro é ganho. Elas têm muitas ideias de como o gastar. E quando vão votar, querem sempre mais dinheiro para educação, mais dinheiro para cuidados infantis, mais dinheiro para creches."
Ann Coulter, Politically Incorrect, Fevereiro, 26, 2001
Coulter, com a maior impunidade, passa um atestado de menoridade mental às mulheres, o que é antes de mais uma atitude insultuosa que nem é preciso rebater, repetindo o lugar comum de que as mulheres só sabem gastar o dinheiro, não sabem ganhá-lo; aliás, este lugar-comum decorreu do facto de durante muito tempo as mulheres terem vivido na dependência económica dos maridos e precisarem do dinheiro que eles lhes davam, se calhar muitas vezes contra vontade, para se ataviarem como a sociedade exigia que fizessem, isto é, para se preocuparem com vestidos, cremes, sapatos e outros ornamentos. Ora é lamentável que em pleno século XXI uma mulher seja tão ignorante a ponto de não perceber este condicionalismo da vida das mulheres, responsável pelo comportamento que ela própria parece reprovar.
Também é lamentável que ela tenha uma percepção negativa da exigência de mais dinheiro do Estado para a Educação, cuidados de saúde com as crianças e creches, ou melhor até se percebe, mas custa a aceitar.
Posto isto, o ódio que destila contra as feministas é mais do que compreensível:
Ann Coulter, Politically Incorrect, Fevereiro, 26, 2001
Coulter, com a maior impunidade, passa um atestado de menoridade mental às mulheres, o que é antes de mais uma atitude insultuosa que nem é preciso rebater, repetindo o lugar comum de que as mulheres só sabem gastar o dinheiro, não sabem ganhá-lo; aliás, este lugar-comum decorreu do facto de durante muito tempo as mulheres terem vivido na dependência económica dos maridos e precisarem do dinheiro que eles lhes davam, se calhar muitas vezes contra vontade, para se ataviarem como a sociedade exigia que fizessem, isto é, para se preocuparem com vestidos, cremes, sapatos e outros ornamentos. Ora é lamentável que em pleno século XXI uma mulher seja tão ignorante a ponto de não perceber este condicionalismo da vida das mulheres, responsável pelo comportamento que ela própria parece reprovar.
Também é lamentável que ela tenha uma percepção negativa da exigência de mais dinheiro do Estado para a Educação, cuidados de saúde com as crianças e creches, ou melhor até se percebe, mas custa a aceitar.
Posto isto, o ódio que destila contra as feministas é mais do que compreensível:
«A verdadeira razão porque eu odeio e detesto as feministas é que as verdadeiras feministas, e seu núcleo duro, as grandes pensadoras do movimento … têm estado na linha da frente da destruição das verdadeiras instituições que protegem as mulheres: a monogamia, o casamento, a castidade e o cavalheirismo…»
Precisamente Coulter cita uma instituição que ou leva uma grande volta ( e dá-me ideia de que já está a levar) ou então está condenada a desaparecer que é o casamento monogâmico.
Como sabemos, a monogamia foi durante séculos uma fraude, só existiu para as mulheres.
Quanto ao casamento propriamente dito foi uma instituição extremamente opressiva e só as reivindicações feministas contribuíram para alterar os termos em que o contrato de casamento era vazado.
Quanto à castidade, em que é que a dama estará a pensar, nas mulheres ou nas mulheres e nos homens? Ou ela não saberá que a castidade das mulheres foi a exigência dos homens enquanto a si mesmos se davam licença para se envolverem com outras parceiras sexuais?
Já o cavalheirismo, ou seja o respeito e as mesuras dos homens dedicadas às mulheres que «sabem ocupar o seu lugar» exige mais do que dá, por isso, passamos bem sem ele desde que os homens nos respeitem como suas iguais, e igualdade não quer dizer identidade, quer dizer partilha de bens e de poder para determinarmos a nossa própria vida.
A sensação com que se fica é que Coulter é espertalhona, mas ignorante e dotada de uma tremenda má-fé. Antifeminista que baste, faz os fretes à direita conservadora e reaccionária e, não se sabe bem como, pretende fazer passar-se por amiga das mulheres. É caso para dizer: com amigas destas não precisamos de inimigas.
Já o cavalheirismo, ou seja o respeito e as mesuras dos homens dedicadas às mulheres que «sabem ocupar o seu lugar» exige mais do que dá, por isso, passamos bem sem ele desde que os homens nos respeitem como suas iguais, e igualdade não quer dizer identidade, quer dizer partilha de bens e de poder para determinarmos a nossa própria vida.
A sensação com que se fica é que Coulter é espertalhona, mas ignorante e dotada de uma tremenda má-fé. Antifeminista que baste, faz os fretes à direita conservadora e reaccionária e, não se sabe bem como, pretende fazer passar-se por amiga das mulheres. É caso para dizer: com amigas destas não precisamos de inimigas.
Genteee, estou abismada. Uma coisa é a mulher reproduzir o machismo por ignorar totalmente as suas repercuções.
ResponderEliminarOutra, é uma mulher que se destaca (entenda: no sentido mais neutro e não valorativa do termo) na política, se coloca no palco social para criticar e retroceder, justamente as mulheres e sua história de conquista!
Gente, será que ela pensa que é homem ou andrógeno? Talvez um ET?
Deixamos para os psicologos de plantão, né!
Achei interessante quando disse que a mulher só pensa em gastar com educação,cuidados infantis e creches! Oh orgulho da mulhera, hein! Pensar que muitos movimentos por creche e leite introduziu na discussão das agendas públicas e se fez direito das nossas crianças! Orgulho, que bom que as mulheres estão sabendo gastar o DINHEIRO PÚBLICO!
Só está faltando mesmo, é fazermos uma revolução de massa em que o feminismo chegue as nossas crianças e adolescentes. Ai, este dia chegará!!!
Adilia,
ResponderEliminarPenso que, além de tudo o mais, esta senhora detesta a sua prória existência como mulher... a partir daí, tudo o que fizer tem de sair torto!
Abraço.
Caras amigas
ResponderEliminarO problema é que esta senhora não é um caso isolado. Pelo menos nos estados unidos uma das associações antifeministasas conta com 500 mil associadas. E são todas muito activas para contrariarem os avanços da agenda feminista muitas vezes com sucesso. Por isso é que é tão importante compreender estas questões para reverter a situação. Não basta escandalizarmo-nos, temos de compreender as adversárias se queremos intervir com alguma eficácia nos nossos próprios paises onde elas sob outras capas se escondem.
abraço e sejam bem vindas, adília
Pq ela não se casa logo?
ResponderEliminarkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
assim ela muda o discurso rapidinho...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
brincadeiras a parte... meu anjo, qdo eu uns dias atras meti a chicotada nas mulheres patriarcais veio uma feminista defende-las e pasme(!) me acusou de nao ter lealdade feminina...
ui...
elas andam ai, é preciso sim, ter mais cuidado...
Não tenha dúvida de que andam mesmo, muito pesinhos de lã mas andam e todo o cuidado é preciso se não quizermos que a historia retroceda, não podemos menosprezar os recursos e capacidade de mobilização das ditas senhoras, frente a elas nós somos umas aprendizes.
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