segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mulheres que não têm medo

Amélia Mary Earhart, de que poucas ouvimos falar - não foi considerada personagem apropriada para televisão ou para cinema, (vá-se lá saber porquê!) - foi uma mulher que não teve medo, uma verdadeira heroína. Não teve medo de se afastar dos modelos que a sociedade de supremacia masculina prescreve para as mulheres e que a maioria aceita sem recalcitrar porque considera que só assim encontra segurança e se resguarda da violência masculina, condenando-se a uma vida mesquinha de submissão e subserviência.

Porque foi uma mulher que não teve medo não é apresentada como exemplo às jovens, os exemplos são as cantoras e as modelos que vivem vidas que não entram em conflito com os valores tradicionais - afinal a aparência, a beleza física sempre foram consideradas importantes nas mulheres - até se achava que o «belo sexo» nem se devia preocupar com outras coisas: estudos e carreiras profissionais só podiam masculinizá-las!

Amelia Mary Earhart nasceu em 1897 no Kansas e desapareceu em 1937 quando voava sobre o Oceano Pacífico. Uma vida curta, é certo, mas uma vida que fez a diferença. Foi pioneira da aviação nos Estados Unidos, escreveu livros nos quais relatou as suas experiências, organizou cursos para mulheres que queriam aprender a pilotar e defendeu os direitos das mulheres numa altura em que o voto lhes era negado.

Uma mulher de coragem que devia servir de exemplo a todas as jovens, mas cuja vida até à data tem sido silenciada. Esperemos que a história seja revertida pois tudo leva a crer que Amelia Mary Earhart vai estar brevemente representada na National Statuary Hall - uma sala no Capitólio que expõe as esculturas de americanos/as proeminentes.

6 comentários:

  1. Muito bacana isso! Gosto muito do seu blog, embora ultimamente não esteja com tempo dilatado para ler com calma os textos que você posta. Mas, por exemplo, divulguei entre meus contatos aquela proposta de tradução em rede.

    Abraços!

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  2. Obrigada Mariana. Mas como pode ver a minha iniciativa de procurar mobilizar pessoas que eventualmente se interessam por estes assuntos não teve grande sucesso.
    Abraço, adília

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  3. Adilia, não desanime assim tão rapidamente. mobilizar pessoas é algo realmente difícil (eu sinto a mesma coisa com o meu blog). nem pessoas que estudam o tema comigo participam muito. Mas é difícil conciliar nossas demandas políticas e vida pessoal, mossas motivações e frustrações... Apesar de estar tudo ligado, o equilíbrio não é fácil.
    bjs

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  4. Adilia, concordo com a Karla, é mesmo difícil. Abraço.

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  5. belassssss postagensss.Estou seguindo! desiste nao, varias pessoas precisam ler sobre o feminismo e carece de blogs como este! força! e parabens

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  6. Boas amigas
    obrigada pelo incentivo.
    Abraço, Adília

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