Já tive oportunidade de aqui referir como a Espanha, nas vésperas das eleições para o Parlamento Europeu, se preocupa em debater questões relacionadas com os problemas das mulheres, contrariamente ao que acontece no nosso país em que o silêncio é ensurdecedor relativamente ao mesmo tema. E bem preciso é esse debate porque, mesmo no Parlamento Europeu persistem sinais de sexismo, como podemos conferir lendo a entrevista da deputada Lívia Járóka de que traduzo o seguinte excerto:
Ser mulher na arena política é difícil, mas é ainda mais difícil trazer para primeiro plano questões relativas às mulheres. É difícil convencer o establishment de que é preciso que as mulheres estejam representadas nas instituições. Neste aspecto penso que de facto a política europeia é de certo modo sexista. E também porque sempre que é necessário representar questões que não são muito populares, como, por exemplo, a pobreza global, ou quando são precisos novos rostos para representar o parlamento, são sempre escolhidas mulheres, enquanto em matérias de prosperidade económica são sempre os homens que surgem frente aos eleitores.»
Ser mulher na arena política é difícil, mas é ainda mais difícil trazer para primeiro plano questões relativas às mulheres. É difícil convencer o establishment de que é preciso que as mulheres estejam representadas nas instituições. Neste aspecto penso que de facto a política europeia é de certo modo sexista. E também porque sempre que é necessário representar questões que não são muito populares, como, por exemplo, a pobreza global, ou quando são precisos novos rostos para representar o parlamento, são sempre escolhidas mulheres, enquanto em matérias de prosperidade económica são sempre os homens que surgem frente aos eleitores.»
Resumindo: o Parlamento Europeu tende a considerar os problemas que às mulheres dizem respeito pouco importantes; a visibilidade dada a mulheres deputadas transmite uma imagem de fraqueza ou de mero ornamento.
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