segunda-feira, 22 de março de 2010

Investir na igualdade de género é uma aposta no desenvolvimento






«Somos prósperos porque investimos na igualdade de género e é importante que todas as nações percebam que a igualdade de género é um pré-requisito para o desenvolvimento, não o contrário.»

Estas palavras foram proferidas pelo actual ministro norueguês que desde Outubro passado tem a seu cargo a pasta da Igualdade de Género, tradicionalmente entregue a mulheres. Audun Lysbakken, trinta e dois, anterior deputado da esquerda socialista, defende que está na hora de mobilizar os homens pela igualdade de género, problema que afinal também lhes diz respeito.
Enquanto deputado advogou a causa das férias «obrigatórias» para os pais por motivo do nascimento de um/a filho/a, porque acredita que é importante que os homens fiquem em casa para ajudarem a cuidar das suas crianças.
Na Noruega, as férias por maternidade/paternidade são de 46 semana, dez das quais tem de ser obrigatoriamente gozadas pelo pai (um dos esquemas de férias mais extenso no mundo).

Segundo Lysbakken, o desenvolvimento e a recuperação económica dependem da igualdade entre os sexos e esse desenvolvimento não acontecerá se as mulheres, metade da população, continuarem a ser «desperdiçadas» nos seus talentos, esforços e criatividade. Um país que não invista nas mulheres e nas jovens está condenado a ficar para trás. As mulheres são um recurso humano que uma sociedade evoluída não se pode dar ao luxo de desperdiçar. Permitir que as mulheres mantenham carreiras profissionais e em simultâneo sejam mães é o objectivo e é um investimento importante para o país.

Por outro lado, segundo Lysbakken, dar ao pai oportunidade para estabelecer laços afectivos mais fortes com filhos/as pequenos é também uma coisa boa e gratificante: ser pai do mesmo modo que a mulher é mãe é uma experiência extremamente enriquecedora e os homens começam a perceber e a apreciar isso. Com coisas tão simples como esta é convicção do ministro que será possível contribuir para uma mudança consistente das atitudes em relação às mulheres, nomeadamente no domínio da violência, que é incompatível com uma sociedade igualitária.

Sem comentários:

Enviar um comentário