«Somos prósperos porque investimos na igualdade de género e é importante que todas as nações percebam que a igualdade de género é um pré-requisito para o desenvolvimento, não o contrário.»
Estas palavras foram proferidas pelo actual ministro norueguês que desde Outubro passado tem a seu cargo a pasta da Igualdade de Género, tradicionalmente entregue a mulheres. Audun Lysbakken, trinta e dois, anterior deputado da esquerda socialista, defende que está na hora de mobilizar os homens pela igualdade de género, problema que afinal também lhes diz respeito.
Estas palavras foram proferidas pelo actual ministro norueguês que desde Outubro passado tem a seu cargo a pasta da Igualdade de Género, tradicionalmente entregue a mulheres. Audun Lysbakken, trinta e dois, anterior deputado da esquerda socialista, defende que está na hora de mobilizar os homens pela igualdade de género, problema que afinal também lhes diz respeito.
Enquanto deputado advogou a causa das férias «obrigatórias» para os pais por motivo do nascimento de um/a filho/a, porque acredita que é importante que os homens fiquem em casa para ajudarem a cuidar das suas crianças.
Na Noruega, as férias por maternidade/paternidade são de 46 semana, dez das quais tem de ser obrigatoriamente gozadas pelo pai (um dos esquemas de férias mais extenso no mundo).
Segundo Lysbakken, o desenvolvimento e a recuperação económica dependem da igualdade entre os sexos e esse desenvolvimento não acontecerá se as mulheres, metade da população, continuarem a ser «desperdiçadas» nos seus talentos, esforços e criatividade. Um país que não invista nas mulheres e nas jovens está condenado a ficar para trás. As mulheres são um recurso humano que uma sociedade evoluída não se pode dar ao luxo de desperdiçar. Permitir que as mulheres mantenham carreiras profissionais e em simultâneo sejam mães é o objectivo e é um investimento importante para o país.
Por outro lado, segundo Lysbakken, dar ao pai oportunidade para estabelecer laços afectivos mais fortes com filhos/as pequenos é também uma coisa boa e gratificante: ser pai do mesmo modo que a mulher é mãe é uma experiência extremamente enriquecedora e os homens começam a perceber e a apreciar isso. Com coisas tão simples como esta é convicção do ministro que será possível contribuir para uma mudança consistente das atitudes em relação às mulheres, nomeadamente no domínio da violência, que é incompatível com uma sociedade igualitária.
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