sábado, 27 de março de 2010

Na Islândia as mulheres não estão à venda

Na Islândia as mulheres não estão à venda e se calhar não é por acaso. Johanna Sigurdardottir[1], uma mulher, é primeira-ministra. Johanna conseguiu proibir no país os clubes de strip que, como facilmente se percebe, na maioria dos casos e das situações, são uma fachada para a prática da prostituição. Com esta medida, a indústria do sexo no país tem de fechar as portas e a Islândia passou a ocupar a posição 4 no ranking de 130 países quanto ao índice da diferença de género (os três primeiros também são países escandinavos).
A Islândia é um pequeno país (320.000 habitantes), mas deu um enorme passo ao aprovar uma lei que criminaliza a exploração sexual de mulheres, sem votos contra e com apenas duas abstenções. As razões invocadas foram feministas e não de natureza religiosa.
Kolbrún Halldórsdóttir, actual ministra do ambiente que tomou a iniciativa de propor a lei disse: «É inaceitável que mulheres ou pessoas em geral sejam um produto a ser vendido.», e asseverou que o sucesso obtido só foi possível com o empenhamento de muitas mulheres que trabalharam infatigavelmente na campanha para que a lei passasse. Na Islândia, as feministas não estão divididas em relação à prostituição, diferentemente do que acontece em outros países, por exemplo, no Reino Unido, embora este último, seguindo o modelo sueco, vá finalmente aprovar uma lei que penaliza quem prostitui a mulher.

A Islândia, além de um movimento feminista forte, tem muitas mulheres em cargos políticos, quase 50 por cento dos lugares no Parlamento são ocupados por mulheres. A este respeito, Halldórsdóttir disse: «Uma vez quebrado o tecto de vidro e havendo mais do que um terço de mulheres na política, alguma coisa vai mudar. A energia feminista parece perpassar todos os assuntos.»

[1] É a primeira mulher assumidamente lésbica assumir o cargo de primeira-ministra.

3 comentários:

  1. A protutuição é um assunto polêmico. Na América Latina, por exemplo, onde a grande maioria das mulheres se prostitui por necessidade, uma lei como essa só seria efetiva se viesse junto com políticas públicas de educação, capacitação profissional, moradia, emprego, saúde etc. para essas mulheres. Do contrário, seria mais uma lei que não sairia do papel ou só serviria para criminalizar ainda mais as mulheres já fragilizadas socialmente.

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  2. Tem mulher que gosta de se prostituir a liberdade dessa mulher esta sendo violada.

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  3. É um machismo a mulher não poder fazer sexo com quem quiser.

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