Na Arábia Saudita, país tão “ amigo” do Ocidente, em pleno século XXI, as mulheres gozam do estatuto legal de menores: não podem tomar a mínima decisão no que lhes diz respeito sem a aprovação de um guardião masculino que pode ser o pai, marido, irmão, ou mesmo um filho. É certo que na Europa, no século XVIII, as coisas não eram muito diferentes, mas bolas, passaram-se mais de dois séculos e nesses dois séculos processaram-se mudanças radicais.
O governo saudita, segundo as entrevistadas neste vídeo, é refém dos sectores religiosos mais reaccionários da sociedade civil e não propõe legislação no sentido de alterar tão aberrante situação; esta até sobrecarrega os homens que têm de tomar a seu cargo todas as decisões que dizem respeito às mulheres da família: como elas não podem entrar nos estabelecimentos oficiais e públicos para, por exemplo, requererem passaporte, bilhete de identidade ou uma simples consulta médica, são eles que têm de resolver esses e outros assuntos do mesmo teor.
As mulheres tentam reagir denunciando estas situações e reivindicando direitos e há pressões externas para que se operem mudanças, mas até à data, tudo o que se conseguiu, e que as entrevistadas consideram um passo significativo, foi o direito de as mulheres, vítimas de violência doméstica, puderem alugar apartamento ou hotel para residirem e assim se afastarem do agressor.
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