quinta-feira, 4 de junho de 2009

Obama sobre a educação das mulheres

Barack Obama pronunciou hoje 4 de Junho no Cairo, Egipto, um discurso de que seleccionei um excerto no qual se refere às mulheres e a questões de igualdade:

"I reject the view of some in the West that a woman who chooses to cover her hair is somehow less equal, but I do believe that a woman who is denied an education is denied equality. And it is no coincidence that countries where women are well-educated are far more likely to be prosperous.Now let me be clear: issues of women's equality are by no means simply an issue for Islam. In Turkey, Pakistan, Bangladesh and Indonesia, we have seen Muslim majority countries elect a woman to lead. Meanwhile, the struggle for women's equality continues in many aspects of American life, and in countries around the world.Our daughters can contribute just as much to society as our sons, and our common prosperity will be advanced by allowing all humanity – men and women – to reach their full potential. I do not believe that women must make the same choices as men in order to be equal, and I respect those women who choose to live their lives in traditional roles. But it should be their choice. That is why the United States will partner with any Muslim majority country to support expanded literacy for girls, and to help young women pursue employment through micro-financing that helps people live their dreams."
Media Resources: Remarks of President Barack Obama 6/4/09


Pela minha avaliação, trata-se de um discurso positivo, mas, e se calhar não podia deixar de ser - considerando o contexto, apenas politicamente correcto, no qual foram proferidas algumas trivialidades e omitidas referências a direitos fundamentais das mulheres ignorados em tais partes do mundo.

Começar por colocar o costume de tapar cabelo e rosto em termos de escolha é capaz de não ser muito sério; apenas é desculpável por Barack estar a falar onde estava.

A tónica na educação lembra a primeira vaga do movimento feminista quando mulheres, como Mary Wollstonecraft, reivindicavam igualdade de oportunidades em relação á instrução e educação. É um primeiro e importante passo, um passo básico. Ligar a educação da população feminina à maior prosperidade das nações é uma estratégica inteligente, mas não sei se será persuasiva, considerando as mordomias que muitos homens porventura não estarão interessados em perder.

Referir que no Ocidente ainda há muitos problemas a resolver quanto à igualdade entre homens e mulheres não é novidade, mas pretender equiparar estas dificuldades com as sentidas nos países muçulmanos só pode ser entendido como uma operação de charme, para agradar aos anfitriões.

Empenhar-se e empenhar o seu país activamente no apoio à alfabetização das raparigas e na promoção do emprego para jovens mulheres parece-me ser o aspecto mais positivo da intervenção de Barack Obama.
Na imagem: estudantes universitárias manifestam espectativas positivas em relação à visita de Obama.

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